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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Um milhão de pensamentos por segundo.

Explode a bolha da discórdia. Os erros e insistência se misturam em meio as idéias que se acumulam no juízo. Juízo esse que vive atordoado pela cólera e o ímpeto de querer perpetuar mudanças. Difícil entender as próprias mazelas, contudo fácil, bem fácil de apontar-lhe o indicador teso e condenativo. Sentir-se um indivíduo vazio para muitos seria um corriqueiro melodrama daqueles que se auto-intitulam portadores de alma de artista; garante-se com a análise e observação dos arredores, no entanto, que poucos são aqueles que se preocupam com o monstro que vive dentro de si. Quantas pessoas sabem realmente qual a sua essência? Quantos chegam aos 30, 40, 50 e se vêm naquela tão explorada crise de identidade amplamente abordada nos diversos veículos difusores de cultura como o cinema, as artes plásticas, a música e tantos outros. A abstrata atitude de anestesiar-se na vida adulta, destruir arestas de sinceridade, opiniões fervorosas, gênios indomáveis, o ímpeto de diferenciar-se alastra-se como uma doença pelos arredores. Chegar aos 50 e pensar: "poxa eu era um bom tocador de violão" ou quem sabe "como eu jogava bola naquela época" é corriqueiro. Tais frases são ouvidas nas mesas admnistrativas ou hospitalares, nos fóruns e burocráticos escritórios. Colegas que transcendem este pensamento são vistos como indivíduos "desocupados" ou "que pararam no tempo". Nossa sociedade está perdida se essa onda dos anestesiados invadir os setores que mais necessitam de cabeças atordoadas, cabeças que pensam exageradamente sobre tudo o tempo todo. O setor de invenções. Qualquer que seja a natureza da criação. Por último e ainda mais importante, uma fatia da sociedade que não sei se posso denominá-la de setor: as lideranças. O mundo condena aqueles que destoam da conformista e "mesmística" visão, mas é fato que quando estes ascendem, o mundo fica pequeno para as suas aspirações e conquistas. É até engraçado observar a dinâmica da ascenção destas figuras ao poder, pois aquilo que era estranho se torna corriqueiro, aquilo que era abominável se torna de todos e passa a ser "cool", passa a ser interessante. Eles passam de estranhos e excluídos para indivíduos que angariam seguidores. Então o que se segue é a aceitação ampla daqueles que sempre discordaram única e exclusivamente por alienação e massificação da qual é, e sempre será refém, enquanto não se enxergar.