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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Estou indo embora...

Eu peço desculpas a você meu caro amigo, que se tornou um refém desse meu mundo perfeito. Sou muito grato por tudo, deixo de lado todo o absurdo do qual um dia fui prefeito. Eu digo a você, ao menos, que nunca fui infiel, apesar de nunca visar o céu nesse mundo tão bandido que tanto eu quanto você escolheu para fazer girar a máquina da vida. Pois é, logo ela a vida protagonista minha e sua deste maquinário cheio de engrenagens e tic e tacs de incerteza. Eu peço perdão pela minha falça realeza e principalmente pela minha tão frequente incerteza e o medo de seguir. Você, que em nome não é citado aqui, mas que de fato muito foi o motivo de tanta dedicação, é agora um motivo de outrora, um nome perdido no limbo, um louco que fuma um cachimbo, longe daquela minha perfeição. Eu que nunca fui capaz de me enxergar, que sempre fui de julgar e que sempre te apontei o dedo; dou as costas hoje com a cabeça vazia, repleto de uma grande nuvem fria de choro e solidão.Hoje eu nem identifico tamanha tristeza, sou refém da minha própria cabeça, do meu juízo fraco e impreciso. Setnri-me filho da sabedoria nada mais é que uma arrogância vazia para me sentir ali na frente de todos. Eu te digo agora meu amigo, que de tudo que tiramos dessa história me traz a pensar na escória que construiu a mais bela arte desse país. Vou embora agora na lamúria, torcendo pela luxúria de tantos dias intranquilos novamente.    

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O senhor Brasil

"Gigante pela própria natureza". É sim, assim, o senhor Brasil. Pai de toda a sabedoria, irmão de grande coração. Quem o conhece sabe até onde vai a sua bondade e a sua condição humana. Detém num corpo de 20 e poucos anos a sabedoria emocional de um ser que viveu muitas Eras. Sábio como poucos. Merecedor de toda compaixão e complacência. Não me lembro de ter conhecido muitas pessoas assim por aí; assino embaixo de toda e qualquer conduta que tomou ou venha a tomar, mesmo que tenha errado ou venha a errar. Levo comigo a certeza que nunca agiu, age ou agirá para o mau, isso nunca. O senhor Brasil é como qualquer um, nasceu aqui na provinciana Salvador-BA. É filho da classe média, reduto da mediocridade e da média, do que é mediano, suficiente e quase sempre pouco; mesmo assim ele é grande, se destacou desse submundo e soube voar.Asas abertas e plenas, um vôo tão alto que hoje apenas poucos conseguem enxergá-lo.  Devo a ele a minha paz nos meus anos de secundarista, ali naqueles bancos de cor creme no bairro que carrega o azul em seu nome, foi prelúdio do que hoje ele é. Grande conhedor da psiqué. Grande ouvinte. Grande conselheiro. Grande aprendiz. Iluminado. Seu nome significa pedra, ao meu ver porque tem os pés no chão. É sim um grande amigo, como poucos. 

domingo, 13 de novembro de 2011

Chegada e Partida


1, 2, 3, 4, era a contagem do fim que ali se ouvia. Pela porta rondava a morte, cadela sarnenta, criatura faminta, os beiços já se aguavam de prazer como a lambuzar-se com uma apetitosa refeição. Um último suspiro, e o ruído unissonante, o desespero que em único segundo se torna alívio, e tudo seca, o peito já não vibra, a escuridão consome...a luz se esvai. Todos se calaram naquele momento. Olhares se entreolham e a mudez momentânea invade o salão naquele momento. Não fora a primeira vez. Nem mesmo a segunda. O fato é que ali os olhos já estavam acostumados com toda a melancolia. Naquele mesmo recinto, ao máximo volume ouviam-se gritos, dolorosos gritos, desesperados gritos; mudos. O pescoço rígido, jugulares tesas, era o esforço vão daquele ser só. Era a garganta suspirando um grito, eram as entranhas que empurravam o ar que não conseguia sair, não se ouvia a voz da pobre mulher. Desesperado grito que se percebia mudo pela força que se esvaia. Tudo se movia naquela sala. Pernas e braços agitados se moviam sempre brancos ao encontro de tudo e todos que ali estavam. Mãos de borracha, também brancas, que puxavam e apertavam e tremiam rapidamente se reuniam em prol de um único ser. Fosse pela vinda, fosse pela ida, estavam sempre ali, atentas, a espreita da ação imediata, do cumprimento do dever. Naquele mesmo lugar, onde a morte cravava os seus dizeres em mais um Epitáfio, rondava também a vida. O despertar.  

sábado, 29 de outubro de 2011

?

É estranho finalmente esperar para sentir o vento entre os dedos nos domingos agora tão vazios. As horas matinais que eram empenhadas em prol da arte se acumula no descanso do corpo e da mente. É automático o reverso da vida? Retrocesso o manifesto da minha partida? É fato que me doeu mais abandonar a gravata. Não por haver mais grandeza aqui ou ali, mas por saber que ainda falta uma longa jornada pela frente com o que chamo de minha obra. Sensação estranha no ar. Muito estranha.

sábado, 22 de outubro de 2011

Fim do espetáculo...


É o fim do espetáculo, cessa o ruflar dos tambores. No corpo somente o suor e o cansaço. Na mente e no peito a saudade que aumenta violentamente, dia após dia. A camisa amarrotada, a gravata folgada, tudo encaixotado, e eu olho para o palco. Esta sempre escuro nessa ocasião e mesmo assim insisto nas lentes enegrecidas do meu companheiro Wayfarer. Por onde andarei? A sensação de despedida me consome de maneira progressiva e incessante. O cheiro de uma nova cavalgada me entorpece e mantém as idéias mais ou menos no lugar. Penso na semana que virá, na sexta-feira encerro o que talvez tenha sido uma das maiores oportunidades já vividas no campo lúdico dos meus dias. Tudo conquistado única e exclusivamente por competência e muito trabalho. Laços de amizade se formaram, é claro, mas em se tratando destes companheiros, bem sei que somente isso não seria o suficiente para me incluir nesse vôo tão alto.Os olhos pesam, o rosto se inunda de um gosto salgado, imagino como será então com a minha obra. Um lado do juízo enxerga através de um ótica que percebe um passo para frente; do outro lado enxerga um passo para trás. O fato é que a necessidade fala mais alto. O ímpeto de ser o que escolhi ser me envolve e preciso abraçá-lo e entender que este é o momento. Preciso fluir, preciso voar. Eu deixo de lado os holofotes, os palcos e afins, por enquanto será assim. Não é o fim. Não precisa ser. Não será.     

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Boa Sorte.

Eu estive esperando por um trem.Um trem desgovernado ... sim, eu sempre soube.Há tempos que o maquinista anunciou a sua chegada.E eu estive de costas, eu o ignorava, sentado ali na estação vazia.Antes do tudo ou nada de tudo fiz um pouco. Era eu o dono do mundo, quem soube de tudo, um barco contra a maré sempre a remar. Ah, meu antigo amor, minha maior virtude, uma virada de rosto bastou para avistar o trem de bem longe. Tanto tempo ali, sentado naquele banco de ferro pintado, o branco da tinta se dissolvia de velha e encontrava com a cor preta do ferro tão gasto; era bonito. Respirei fundo, o coração batia mais rápido,ao meu lado a silhueta de um homem sem cabelos, contra a luz no horizonte. Ele trazia uma lata em sua mão, o braço duro, rígido, nem girava...era uma lata de tinta, branca tinta. Virou-se para mim com um sorriso faceiro, fez uma piada descontraída me convidou a viver outra vida e se pôs a pintar o banco, que contradição. Reluzia ali um novo banco, sem a cor envelhecida e preta do ferro. Suspirei bem fundo, eu não me incomodava; ouvi às minhas costas o som da locomotiva, o som era diferente, não parecia que ela ia parar.Assustei-me ao ver que ela havia descarrilhado, de tão próximo que estava fui puxado por uma mão desconhecida para o vagão suicida. O trem seguia então para um enseada, e lá ele cairia. Como um passe de mágica ele encontrou o seu caminho, pela janela avistei ainda o pintor sem cabelos extender o braço, acenar e esboçar algo parecido com um sorriso..."Boa sorte" ele dizia a plenos pulmões, apenas "Boa Sorte".

sábado, 15 de outubro de 2011

Bifurcação

A estrada mostrou-se longa desde o início, sempre ou quase sempre tortuosa. Caminhava sobre ela como quem se sente o tempo inteiro vigiado, controlado. No meio do percurso ela se bifurcava. Ora que decisão mais ingrata. Tão cedo e ter que escolher apenas um único caminho. Tornei-me naquele momento um gigante, olhei para frente e com a impáfia de quem desafia a divindade e com largos passos passei a caminhar com uma perna em cada estrada da bifurcação.Era possível. Quanto mais eu andava mais as estradas se afastavam, mais difícil ficava se equilibrar em pé. O mundo ruiu. Caí de lá de cima esatelado ao chão com as pernas esticadas quase num ângulo de 180 graus. Era o fim. Duas estradas se encontravam novamente ao meu lado; à minha esquerda a estrada era preta mas não brilhava mais como em outrora, à minha direita era branca, viva, esplendorosa e aparentemente cheia de novidades. Qual escolher, visto que a distância entre ambas impedia que se caminhasse sobre as duas simultaneamente? Fiz a escolha e levo comigo no peito a esperança de um dia elas se encontrarem novamente. Por hora, adeus...

sábado, 25 de junho de 2011

Fim de percurso.

Tum-ta. Um, dois, é o som da vida que escuto ai dentro.
Pés, mãos, braços e pernas já não são tão móveis como em outrora.
Mas definitivamente é o som da vida que eu escuto ai dentro.
E agora meu amigo? Reaja. Tum-ta. Três, quatro, o pulso pulsa na artérias
esperançosas ao ritmo que contagia a povorosa que se alenta ao leito.
Movimentos rápidos e uma expressão no rosto pálido e sem vida como um
aparelho desligado, não era por felicidade que ele reagia. Tum-tu-ta. Cinco, cinco-e-meio,
seis o coração bate descompassado e vai perdendo a força. Levante irmão, levante comigo e lute.
Eu sinto no ar a sua gargalhada sarcastica, até mesmo nessa hora? Entendo que cobro luta de quem não pode mais. Entendo que não sou adepto nem mesmo apto ao desisitir. A impotência é o sentimento que mais corroi.
Queria ter feito mais.O coração bate cambaleante e para ao uníssono "pi'.Tum-ta-tum-tum.Sete, oito, oito-e-meio, nove, zero.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Farrear.


Farrear! “E viva a alcoolemia” disse Vitor com um dos seus cotovelos ancorado num balcão e a respectiva mão afundada em sua face, como se ele desejasse que a palma um dia atravessasse seu arco zigomático e encontrasse sua massa encefálica; seu grito ecoou por entre as paredes brancas, as quais encerravam o deserto que ali estava; “é engraçado” disse um colega, “saudade do amigo presunto” completou um segundo rapaz com um ar sarcástico, debochado e entediado; todos riram. Fez-se silêncio, então, como nunca se tinha ouvido naquele local. Todos vestiam branco.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Do Céu ao Inferno

Depois da queda um desconhecido me estende o braço, segura a minha mão como quem me ajuda a levantar. Passam alguns segundos e ele me solta. Um chute na cara e outro na barriga...pronto, já chega. O tiro de misericórdia é dado. Na cabeça, bem no centro do osso frontal. Perfeito. Robertão, infelizmente aí vou eu.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Se foi...

Da mesma forma que entrou, saiu
Chegou voou, caiu
Sumiu...e foi embora

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Últimos Suspiros da minha loucura rotineira

O tempo chega para todo mundo. Para uns chega rápido, cobra de você coisas que jamais achou que seriam cobradas. Para outros o tempo é bondoso, vai levando, empurrando com a barriga. Infelizmente o tempo me pegou de maneira rápida. A minha loucura rotineira é agora substituída pela cara do cansaço, o mal humor, a dor na coluna e a cara e voz de desapontamento daqueles que estão mais próximos. Acreditem, eu espero muito que tudo isso valha a pena, do contrário não teria apostado tudo isso. Aos que não entenderem, me resta sucumbir ao perdão de vocês, não menos que isto.

É só.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Espectro da mente...

A tristeza pode aparecer de todo o tipo de forma. A pior de todas para mim é quando invade feito cólera, e se confunde transforma em uma onda que vai e volta, pouco a pouco, e de tanto bater na pedra a mesma sucumbe. A tristeza me invadiu a um tempo atrás e plantou em mim uma necessidade de tirar a limpo a verdade sobre aquela história sua de ter deixado o casulo e ter virado borboleta. Besteira minha que foi somada ao mais terrível dos defeitos; a velha mania de não olhar para si antes de dizer qualquer coisa. A tristeza, no meu caso, foi filha das lacunas deixadas por alguma palavras incompletas. Como cólera, invadiu o peito e plantou seu defeito junto à arrogância.  Impregnado, cansado das minha burrices, fui filho da minha fraqueza e cedi, venci a covardia, porém sempre pensando no melhor para o futuro. Humilhado por minha própria consciência me deixo de lado nesse momento. Sei que não foi por mal que deixei que tal tristeza me fizesse sucumbir. Infelizmente eu não sei o que é passar por tamanha mudança e por isso vacilei, tremi, perdi, e para você morre uma parte de mim. Talvez, avaliando de um outro ângulo, seja melhor assim.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Medo da Mente

Tenho medo de algumas idéias recorrentes, tenho medo de tanto pensar em decifrar minha mente
Passo horas conversando comigo mesmo a fim de provar para mim que sou capaz de coisas que eram impossíveis até outro dia. Tento me convencer com teorias baseadas em nada que serei pouco cruel nas minhas decisões; que serei mais condescendeste com a loucura alheia. Nada consigo. A mente é traiçoeira, faz você balbuciar palavras sem fundamento, sem força, para que você mesmo se engane durante algum tempo. Quero acreditar em muitas coisas, mas as idéias colocadas na ORIGEM foram bem sedimentadas, quase impossíveis de serem degradadas...o pior de tudo que na mesma mente anda uma idéia chata e recorrente de que os pensamentos ORIGINAIS, ao menos em parte, possuem erros. Mesmo assim é fato que muita coisa estava certa, se não, não estaria aqui. Então, o que fazer? O que fazer? O que fazer?