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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Anda chovendo em seu Juazeiro ...


Então só restaram as facas. É com pesar que concretizo este pensamento em meu juízo imperfeito. Faço deste texto a lamúria de um sujeito que não pode aparecer, porque cresceu. Guardo comigo o desespero de uma criança com o dissolver da família. A tão importante família. Papo furado. Do que adianta fazer das tripas coração para se ter fezes nas mãos? Para quê tanto se esforçar, se esvair, se consumir, se nada nunca é suficiente. Então este é o legado. O retrato de um sujeito alicerçado, bem quisto, estudado e invejado. O retrato que guarda uma alma sombria, desprovida de qualquer demonstração de afeto, mas é apenas um retrato. Você que o vê de fora percebe apenas o sorriso. Tenho pena da pequena morena, tão singela, mas tão plena que de tanto tempo ali tornou-se minguante. Se escondeu num arcabouço bojudo, um ser desnudo de qualquer maior interesse. Agora, como prole indeferida, levanto a minha até então minguante voz e chamo a vossa pequenez à luta. Levanta-se junto comigo, estava escrito, aqui em mim, serei naturalmente seu ombro amigo, não tenha medo de dizer não. Ainda te digo mais, minha velha senhora: digo-lhe que não precisa da sorte, pois no fundo de vidro mora em ti aquela morena forte que um dia foi para si.