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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Venenosa

Refém de uma intimidade pouco íntima
Da sua vontade um tanto fingida
Desse seu jeito de se encostar
Olho pra você de uma forma meio vazia
Sinto sua atitude fria se tornar de um calor primoroso

Não sei se o bem me quer ou se o mal tem feito o seu papel
Não sei o que é julgar, pois fui fisgado pelo teu mel
Pouco sei realmente da vida
E o que verdadeiramente acontece ninguém sabe

Vejo o bico que você faz com a boca
Com jeito de menina dengosa
Mas sinto na sua prosa um gosto um tanto ruim
Muito pior são os rumores, sempre tão cheios de “amores”, que colocam em você por aí

O dengo se torna uma droga e o gosto passa a fazer sentido
A garota dengosa destila em sua prosa seu doce veneno

É estranho sentir o corpo encostar
Beber um pouco do suor que escorre pescoço abaixo
E logo após trocar um olhar e sentir coisas que não sei onde acho
Perdido no deserto da minha consciência vazia

Por fim passo então a delirar, tentando arquitetar como seria o futuro
Mesmo após tantos avisos, o peito como um desavisado, dispara contra a corrente
A falta passa a ser rotineira,  o cheiro se entranha em todos os lugares
Sou eu um viciado no seu doce veneno

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